Xilogravura.
O cego rabequeiro. 2004
Aqui você encontra um pouco do meu pensamento e sentimento. São garrafas lançadas ao mar virtual, na espectativa do encontro com outros sobreviventes... Palavras que buscam evidenciar, veladamente, o È.
31.8.09
29.8.09
Soneto
SONETO DE MADRUGADA
Tantos abismos me atirei
e tantas mortes me caçaram
mas de todas que morri
alguns fiapos me sobraram.
Novos corpos incompletos
vieram habitar minh'alma
outras caras, falas, gestos
novos riscos de navalha.
E nem culpa tenho nisso,
é pra mim um compromisso
renascer a cada instante.
E assim, morrendo sigo
da morte fazendo abrigo
pra vida de mais adiante.
.
.
28.8.09
Águas de maio chegando em meus olhos
São águas que um rio me quer navegar
Águas de maio lavando as correntes
São águas de um rio sonhando com o mar
Águas serenas brotando da fonte
Num leito de pedras que vem renovar
São águas que lavam que levam lembranças
Em águas tranqüilas quero navegar
São águas de chuvas, são gotas de orvalho
Vertidas no tempo de tudo molhar
São águas que seguem, são águas que passam
Correndo da serra seguindo pro mar
Águas que banham que sonham sementes
Brotando nos campos, encantos de amar
São águas que cantam serenas, tranqüilas
Movendo montanhas pra outro lugar
Água clara, água fina. Água ensina a navegar
Água cura pura água. Água e Luz a clarear.
Beijaflor
Flor bela, minha flor,
Minha flor bela,
Violeta minha,
Catléia lilás,
Hortência florindo a serra,
Sempre viva
Sempre linda...
Me deixa
Te beijaflorar!
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