moto contínuo
com a prática
a perfeição vem
por inércia
passeamos no jardim de Drumonnd
e nele pastamos, caramujos poetas
sedentos de orvalho...
nos cantares de Quintana
acalanto meus ouvidos
cultivando silêncios
nos recantos a que me levam
teus versos, Brandão
pastoreio nuvens e sombras,
cores e sabores de infância.
Pé quebrado
quando posso passo lá
ela voa pra cá
se de lá canto meu canto
ela se encanta de cá
eu a viola e ela
a viola ela e eu
quando penso que a encontrei
vejo que ela se escondeu
o mote e o motivo
sempre a vida sempre o mesmo
então sigo ponteando
criando pontes a esmo
eu a viola e ela
ela a viola e eu.
Setilha
o meu verso, minha lira
meu prazer, meu compromisso
é fogo que não expira
eu porém, não vivo disso
mas lhe digo bem agora
a verdade que aflora
também não vivo sem isso.