POEMAS DO NICODEMOS

Aqui você encontra um pouco do meu pensamento e sentimento. São garrafas lançadas ao mar virtual, na espectativa do encontro com outros sobreviventes... Palavras que buscam evidenciar, veladamente, o È.

17.4.11


sintonia

saí de casa
quando voltei
a casa não estava...

nem eu.

13.4.11

para saber
desaprendi

12.4.11

a palavra em teu verso
tem caligrafia própria:
ligação inevitável
entre a Timo e o cerebelo

belo!! belo!! belo!!

8.4.11



não olvide
Ovídio
veneno pequeno
é antiofídico

6.4.11


o poeta
escreve poemas
"de ouvido"...

quem duvida?

4.4.11

canção do moinho


a pedra de mó
que o moinho movia
moeu a saudade
no meu coração

o vento ventando
a ventana vazia
virou ventania
a minha canção

agora nem porto
nem sonho ou quimera
nem mera esperança
nem vinho nem pão

a pedra de mó
que movia o moinho
puída no tempo
não moe mais não
arquitetura necessária

a janela, pode ser a porta.
o coração, a horta semeada...
a florescer
flor e ser
flores ser

sonhar cores passadas
juntar pétalas de esperança
e brincar com as nuvens feito criança
...